segunda-feira, 27 de julho de 2009

Direito de resposta

Não, eu não estou tão diferente
Está tão claro pra mim. Eu sei o que digo. É evidente.
Ninguém fica de repente assim tão diferente!
Diferente? Eu sei que dá pra saber.
Se for eu que vivo só eu que sei.
Eu digo, digo sim, pois o tempo está todo comigo.
Não o bastante pra me reconhecer.
Eu ainda continuo aquele. Eu nunca deixei de ser aquele já fui. Permaneço.
Se quem morreu ainda vive,
Vive porque tem fé. Mas o corpo, a alma, aquela voz
Não reconheço mais. E nem o outro reconhece. Não sou diferente de mim,
Meu individual e social permanece no meu fim
Eu sou eu e já me sinto outro.



Direito de resposta à música Eu sou eu.