quinta-feira, 29 de maio de 2008

Dr. S


Conheci o Dr. S em uma viagem que fiz ao Rio de Janeiro no dia 15 de Agosto de 2004. Confesso que foi uma viagem surpreendente, inovadora. De um lado do ônibus, sentadas nas poltronas 13 e 14 encontravam-se duas senhoras de meia idade, uma bem perua usando baton bem vermelho me possua e a outra de tão simples quase não aparecia. Essas duas caricaturas papearam durante horas interrompendo o sono de muitos. Pronto. Foi suficiente para que Dr. S, encontrasse palavras e argumentos para puxar uma conversa bem afiada comigo, que estava sentado ao lado dele. Do tipo, de onde que me aparecem senhoras assim, hein? Olha a diferença cultural, social entre elas! O que será que leva uma simples senhora, humilde de tudo, a conversar com uma socialite total? Só me lembro que foram mais de sete horas de conversa. Entre a conversa surgiram até confissões, e agora ainda não é o momento de revelá-las, mas um assunto que durou bastante tempo foi sobre nossas profissões, gostos e costumes. O Dr. S é artista plástico e sonhador, exatamente. Nas artes ele prefere esculturas. Gosta de trabalhar na exaltação do homem. Exaltação da pequenez que eleva o homem no mais sublime sentido. No começo achei tudo aquilo muito estranho, mas ao final estava super integrado com o assunto. Durante essa conversa ele me disse que um artista precisa ter uma identidade única, algo que o marque, que dê sentido total a sua arte, que o destaque. E algo que o marcava muito era o sentimento de perda, solidão, e confusão. Parei, refleti e cheguei a conclusão que eu era parecido com o Dr. S em muitos aspectos. Primeiro porque eu buscava uma identidade. Segundo que solidão e confusão são praticamente meus sobrenomes. No bom sentido. Se é que existe. Durante a conversa-amizade-lição-aprendizagem surgiu a frase "Falsa face deve esconder o quê o falso coração conhece", o que eu poderia dizer sobre isso? Que alguém sempre sofre muito!

Aos poucos comecei a perceber que muita atenção esse jovem senhor merecia. E foi o que fiz!


segunda-feira, 26 de maio de 2008

A VIDA APÓS A OUTRA

16 de Março de 2008. Porto Alegre. Rio Grande do Sul. Um novo começo. Uma nova história. O mesmo mestrado, continuado numa outra universidade, ligação UEL-UFRGS. Lacase. Biorreatores. Botryosphaeria. Vontade. Anseios. Sonhos. Artes plásticas. Identidade formada. Concretizada. Doenças. Seringa persona. Próximo passo. Prática.